Não são as grandes tragédias que me movem. Sinto-as, é bem verdade. Cada pedacinho da minha carne chora a dor que todos choram. Mas no fundo sei: choro as minhas dores. Aquelas que escondo sob camadas de véus e só me permito tirar quando posso misturá-las a outras.
Não que eu seja insensível às dores dos meus semelhantes. Mas na minha reconhecida impotência para lidar com o que está além de mim, volto-me para dentro. E cada emoção criada pela dor alheia, lembra uma emoção que guardei. Aos poucos viro rio. E nem tão aos poucos, seco. É só o tempo de virar ontem o que hoje me lembrou aquelas dores. É o meu processo de entendimento do mundo. Só assim consigo me sentir inteira para, no lugar do choro, colocar uma atitude de mudança. Só assim vou transformando tragédias em força, dores em passos.
Não que eu seja insensível às dores dos meus semelhantes. Mas na minha reconhecida impotência para lidar com o que está além de mim, volto-me para dentro. E cada emoção criada pela dor alheia, lembra uma emoção que guardei. Aos poucos viro rio. E nem tão aos poucos, seco. É só o tempo de virar ontem o que hoje me lembrou aquelas dores. É o meu processo de entendimento do mundo. Só assim consigo me sentir inteira para, no lugar do choro, colocar uma atitude de mudança. Só assim vou transformando tragédias em força, dores em passos.
E de passo em passo vou me distribuindo – para mim e para além de mim.
Poetando sobre:
Nelson:
Tenho um "mim" que não se aguenta
Explode "eu" em vários outros
Que já nem mais só em gentes
Estou também nas outras coisas
Diovvani:
"Melhor é ficar atento,
virar do avesso todo lamento.
Pois a cada instante damos adeus,
ao que fomos um segundo atrás".
Poetando sobre:
Nelson:
Tenho um "mim" que não se aguenta
Explode "eu" em vários outros
Que já nem mais só em gentes
Estou também nas outras coisas
Diovvani:
"Melhor é ficar atento,
virar do avesso todo lamento.
Pois a cada instante damos adeus,
ao que fomos um segundo atrás".
* * *
Sejam bem vindos os novos: Ronald, André Luis, Afonso, Wagner. Sejam re-bem vindos aqueles que andavam sumidos. E àqueles que sempre me acompanham: meu carinho e meus agradecimentos.
nossas dores sempre são dores, E não podem ser ignoradas.
ResponderExcluirte beijo
MInha querida nômade.
taís
Loba querida, é sempre assim - o que nos dói mais é sempre o reflexo de nossa própria dor. Um enorme beijo.
ResponderExcluirAs minhas dores doem tanto.. que as vezes acho que sou uma reclamo de barriga cheia... mas fazer o que, se é na propria carne que a ferida dói mais? :-((
ResponderExcluirbeijo de saudades, vc é minha mana querida, sabia disso? rs
adoro vc :-))
Elis
Minha querida Loba,
ResponderExcluirAntes, perdão por ter "desaparecido" por uns dias. Estava às voltas com coisas menores. Hoje, retorno para me alimentar de tua prosa, de tua poesia, de tua poesia-ternura de sempre.
Um beijo carinhoso.
Querida Loba poeta.
ResponderExcluirVoltando depois de longa ausência(viagem).Prazeroso encontrar aqui este texto tão expressivo de entrga e confissao da alma.Tão humano(sem efeitos)belo instante.Belíssima a musica escolhida.Um canto de amor e entrega como sempre feito pelos apaixonados pela alma,pela vida,pelo sonho ,pelo amor.Nina Simone me arrepia a alma.Bela escolha.Espero poder estar mais presente,mas mesmo quando não comento,leio e me regalo.Nao falar no deserto dá um grande alento. Meu abraço afetuoso.
Quem dera ter essa capacidade de me reciclar, também transformaria tragédias em força, dores em passos... Beijos.
ResponderExcluirjá reparou que a sensibilidade cresce na medida em que crescem os anos? é porissso aí minhirmã. qto mais dores a gente junta mais chora pelas dores alheias. até novela arranca lágrimas. ;)
ResponderExcluirbjs
Sa
Lindas lamúrias. Que se fossem ditas por mim seriam exatamente iguais. Sinto como tu sentes esses reveses da vida esses achaques que nos pega no meio do sol quente, esses imprevistos que chegam como a parede de tua casa indo pelo chão.
ResponderExcluirLoba, eu estou com muita saudade de ti. Olha mais para o que é teu. O bolo tá queimando no forno e não vens a cozinha, sente o cheiro aí pela sada.
Um beijo
Naeno
Creio, Euza, que as pessoas são assim . Por mais sensíveis que sejam, a ponto de sentirem até a morte de um seu ídolo (um ator, um diretor, um escritor), são as dores íntimas que as fazem mais sofrer. O importante é ter forças para superá-las. Um beijo.
ResponderExcluirÉ Loba...
ResponderExcluirTemos que procurar o profundo e para isso a releitura é mais que fundamental.
Você parece que tem uma legião de fãs? Gostei do estilo...
Tenho um "mim" que não se aguenta/Explode "eu" em vários outros/Que já nem mais só em gentes/Estou também nas outras coisas
ResponderExcluirÉ isso Loba:
ResponderExcluir"Melhor é ficar atento,
virar do avesso todo lamento.
Pois a cada instante damos adeus,
ao que fomos um segundo atrás".
AbraçoDasMontanhas.
Quer dizer que a poesia que fis para a boca, a loba, perderam o sentido, tão pouco tempo se passou.
ResponderExcluirJá os meus pensamentos ficaram obsoletos.
Um beijo
Naeno
E a força atravessando tua alma.
ResponderExcluirtu voando para alem, se descobrindo...
sim, momento pleno de Êxtase.
Lobinha, quanta saudades tua.
beijos
:)
Arrepiada aqui escutando a música. Era das minhas preferidas, a letra é maravilhosa.
ResponderExcluirPorque será que quando estamos mais sensíveis o fundo musical acompanha? As vezes nos deixa mais triste ainda.
Tu és uma loba muito corajosa, que enfrenta as dores. Uma loba forte e sensível. E és assim porque valorizas os bons momentos acima das tragédias.
Beijo querida
Loba...
ResponderExcluirQ confissão foi essa? Senti nostalgia em tuas palavras, ma slogo passa, naum há dor q seja eterna.
Beijos Poéticos.
;**
lindo o que escreveste...também sou um fio de áqua, tímido, a descer a serra, quando encontro outros córregos que me acompanhem, viro mar...bjaum..
ResponderExcluirmeu e-mail está meio escondido no blog...uma patinha com cartinha azul, no final dos textos...
sandratsantos@brturbo.com.br