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Emoção e Indignação

“É direito inalienável de todo cidadão se indignar com o que acontece no seu quotidiano”
Antigo provérbio austro-húngaro-otomano pinçado do blog Jus Indignatus


Grandes tragédias emocionam, indignam, causam inúmeras polêmicas. A tragédia do Vôo JJ 3054, acontecida no dia 17 de julho, emocionou a mim da mesma forma que à maioria dos brasileiros.
Mas vou seguir um desvio. E falar da minha indignação cotidiana. Não tão majestosa, nem tão poderosamente estrondosa. A indignação de saber, mesmo sem ver, que um número assustador de vítimas é feito diariamente neste país. Vítimas de balas perdidas, vítimas de filhos da classe média, vítimas das drogas, vítimas das estradas, vítimas da fome, da falta de políticas públicas, do descaso de governos e sociedade civil, vítimas de uma sociedade elitista que consegue se mobilizar para criar o movimento “cansei” – movimento político-partidário elitista - e é incapaz de mobilizar-se para combater a injustiça social – a maior tragédia deste país.
Fica aqui a minha solidariedade aos parentes e amigos das vítimas do Vôo JJ 3054 . E a minha emoção e indignação sempre crescente pelo fechar de olhos em relação às pequenas, constantes e dolorosas tragédias cotidianas.

(Não sei se posso dizer que este texto faz parte da blogagem coletiva proposta pelo Ricardo Rayol do Jus Indignatus. Com certeza foi inspirado na proposta)


Continuo juntando minha voz a Chico e Milton para pedir ao Pai que afaste de nós este Cálice!

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