uma manhã de nuvens
cheirando verão
as paredes prendendo
o silêncio do tempo
o relógio chorando
os minutos iguais
e a espera deitando
no prato de arroz
uma tarde chuvosa
beirando natal
o chão dormitando
na enchente do rio
um sino brincando
de sete marias
e a boca adoçando
geléia de jiló
uma noite pingando
dentro e fora do mito
o espelho frustrando
a esperança do rito
o lenço enxugando
dormentes de trem
o adeus respingando
promessas no vento
e o tempo partido
derivando pra vida
cheirando verão
as paredes prendendo
o silêncio do tempo
o relógio chorando
os minutos iguais
e a espera deitando
no prato de arroz
uma tarde chuvosa
beirando natal
o chão dormitando
na enchente do rio
um sino brincando
de sete marias
e a boca adoçando
geléia de jiló
uma noite pingando
dentro e fora do mito
o espelho frustrando
a esperança do rito
o lenço enxugando
dormentes de trem
o adeus respingando
promessas no vento
e o tempo partido
derivando pra vida
(dedico a postagem deste poema à minha irmãzita Adélia
e à minha grande amiga Dorita e ao querido Jota.
Porque eles gostam de ritmo e, pela primeira vez
e ainda que intuitivamente,
sinto que cheguei perto de alguma coisa parecida com musicalidade)
Releituras:
Wilson Guanais:
TRI-CICLO
Manhã
Tarde
Noite
Ontem
Hoje
Amanhã
Passado
Presente
Futuro
: o Pai
o Filho
e o ...
Amem
Clarice:
parei de beirar natais
(quando dei conta que)
beiro os dias que me são
faço o possível (impossível as vezes) para "sê-los"
* * *
enquanto houver pés, haverá caminhos. enquanto houver lembrança, haverá saudade. enquanto houver vocês, haverá nós. (devo estar plagiando alguém - porque nesta vida quase nada se cria... quase tudo se copia!)
Beijo, pessoas! Ótimas noites, ótimos dias.
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